Dança, artes marciais e pilates ganham espaço entre quem foge da musculação

Especialistas destacam que constância está ligada ao prazer com a atividade física, e não apenas ao tipo de modalidade escolhida

Fábio VieiraQuando se fala em atividade física, a imagem de academias lotadas de aparelhos e pessoas levantando peso ainda é a mais comum. No entanto, cresce o número de pessoas que preferem manter o corpo em movimento de forma diferente, buscando modalidades como dança, artes marciais e pilates — alternativas à musculação tradicional.

Segundo o especialista em movimento do corpo humano, Fabio Vieira, pós-doutor em Neurociências e PhD em Educação Física, o segredo para manter a constância está no prazer. “Mais importante do que a modalidade em si é o vínculo emocional que a pessoa desenvolve com a prática. Se ela se sente bem dançando ou lutando, o cérebro responde positivamente, o corpo se adapta, e os benefícios aparecem de forma mais duradoura”, explica.

Benefícios para corpo e mente

Vieira ressalta que a neurociência comprova: atividades físicas que geram prazer ativam os circuitos cerebrais de recompensa, aumentando a adesão, melhorando o humor e até favorecendo o desempenho cognitivo. “A prática regular melhora a saúde mental, reduz ansiedade e depressão, além de colaborar para a saúde cardiovascular, força, equilíbrio e flexibilidade — independentemente da modalidade escolhida”, completa.

Alternativas além da academia

  • Dança: trabalha o corpo inteiro, melhora condicionamento cardiorrespiratório, coordenação motora e libera endorfina.

  • Pilates: fortalece os músculos, corrige postura e traz benefícios físicos e terapêuticos.

  • Artes marciais: unem força, resistência e disciplina, com ganhos na autoestima e autoconfiança.

A recomendação do especialista é clara: o melhor exercício é aquele que faz sentido para cada pessoa. “Temos que desmistificar a ideia de que só a musculação traz resultados. Toda atividade física bem orientada traz benefícios, desde que praticada com regularidade, prazer e consciência corporal”, orienta Vieira.

Movimento é saúde — do seu jeito

Encarar o exercício como prazer e expressão pessoal, e não como obrigação, pode ser o primeiro passo para uma vida mais equilibrada. “Mais do que performance, o que precisamos é de constância. E constância só existe quando há identificação. O corpo é movimento, mas a mente é o motor. Se ela não se engaja, o corpo para”, conclui o especialista.

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